Posted by : CanasOminous Oct 14, 2013

Permissão para Morrer

— Eu não sou mais uma garotinha, mãe!
— É claro que não é, mas continua se comportando como se fosse uma adolescente rebelde e mal educada! Não foi essa a educação que eu te dei.
— Você está sempre tentando me controlar, sempre tomando as decisões por mim. Pare de fazer isso!
— Não, não paro, isso porque mesmo querendo ser mulher e dona de si mesma, você ainda não tem maturidade o suficiente para assumir os próprios erros e tomar suas decisões.
— Maturidade? Erros? Decisões? Você ainda fala como se eu fosse uma princesinha que nunca saiu de casa! E quer saber de uma coisa?! Estou farta de você, estou farta desse lugar. Me deixe em paz, mãe!

Milady deu um tapa no vaso em cima da estante na sala principal de sua mansão. A mulher soltou um grito ensurdecedor numa mistura de raiva e ódio, por fim sentou-se na poltrona e abraçou uma almofada de veludo na tentativa de aliviar o estresse.
Ela estava com o rosto vermelho e com cara de choro. Seu marido Isaac foi caminhando ligeiramente até seu lado, e quando colocou a mão suave sobre seu ombro Milady remexeu-se em desagrado.
— Não me... toque, Isaac.
— Querida, é melhor você pegar leve com nossa pequena Eva. Dentro de alguns dias ela estará saindo em uma jornada de seis longos meses — o Leafeon dizia com a voz mansa e tranquila de sempre. — Seis meses! Nós detestaríamos que nossa criança fosse nessa viagem brigada conosco, e muito menos que tomasse alguma decisão somente para contrapor-se a tudo que pedimos.
Milady começou a abraçar a almofada com mais força. Esperneou, abafou seu grito, balançou a cabeça negativamente e bateu as pernas em sinal de fúria. Respirou. Quando tudo passou, levou suas duas mãos até o rosto e limpou os olhos já inchados e chorosos.
— Eu só queria que ela fosse como nossa família, Isaac...
— Errado. — Seu marido respondeu, o que fez Milady voltar a encará-lo com uma clara expressão de fúria. Ele logo explicou o motivo daquilo e amenizou o clima com um sorriso. — Você queria é ter uma filha princesa. Alguém que desejasse espelhar-se em você, usar as mesmas roupas, pedir maquiagem emprestada e querer que você penteie seus cabelos. Era uma filha assim que você queria
Milady voltou a encarar o nada somente para fugir daquela verdade.
Isaac continuou:
— Bem, mas acredito que seu próprio marido tenha sido bem diferente do que você esperava, não? — brincou Isaac, fazendo Milady também revelar um sorriso discreto ao limpar o rosto.
— Acho que sim. Eu sonhava com o príncipe encantado...
— Sonhava, ou ainda sonha?
— Creio que eu sonhe todos os dias, afinal, compartilho a cama com um — ela deu uma risadinha, apoiando a cabeça no ombro do homem enquanto observava um quadro de sua filha. — Acho que no fim das contas eu é que não sou uma boa mãe...

• • •

Eva estava na forja de Chaud, o Bastiodon. Andava de um lado para o outro com os braços cruzados, não tinha onde sentar. O homem fazia os últimos preparativos para a viagem que iria fazer com a equipe de Aerus, e o treinamento seria intenso. Ele precisava levar o mínimo de coisas possíveis, e teria ainda de interromper seus projetos na forja nos próximos seis meses. Seria necessário parar suas atividades na guilda por um tempo, embora pudesse continuar a melhorar suas habilidades em outro lugar fornecido pela guilda Rip Tide, e talvez teria acesso a equipamentos até melhores.
Chaud tinha todos seus pensamentos voltados para a viagem, mas Eva continuava a extravasar todos seus problemas em sua orelha. Se ele ouvia ou não, aí estava o mistério.
— Minha mãe é um saco. Ela vive dizendo: Vista-se dessa maneira, faça aquilo, seja aquilo! Eu não aguento mais, Chaud, não aguento!
O homem permaneceu em silêncio.
Agachou perto de sua cama para pegar alguns equipamentos especiais debaixo dela, e Eva não fazia nem intervalos. Sentou-se sobre a cama fazendo mais peso ainda.
— ...Outro dia mamãe falou que tem uma prima em Kalos, e inventou de me mandar para lá teimando que eu seria uma magnífica donzela do tipo Fairy! Eu, uma guerreira da Fire Tales, me transformando em uma fadinha fofa e cheia de purpurina! Vê se pode?
— Os Fairy-type são poderosos, Eva. Não os julgue — Chaud respondeu de maneira ligeira, ainda procurando um martelo que ele jurava ter deixado na estante do armário.
Eva cruzou os braços e deitou-se sobre o colchão com os braços esticados.
— Minha mãe continua com aquela conversa de querer forçar minha evolução. Só que eu não quero evoluir para nada que ela quer, esse é o problema. Estou mais do que preparada, e eu quero evoluir, mas...
Chaud levantou-se no mesmo instante e parou de arrumar suas malas para a viagem. Por um instante aquela conversa chamou sua atenção, ou então ele estivera ouvindo tudo atentamente até agora.
— Então decidiu? — Chaud perguntou com a voz séria.
— Eu quero ser uma Eevee Steel-type!
O guerreiro quase tropeçou no pé da cama quando ouviu aquela resposta.
— Bem, não era exatamente o que eu esperava... — admitiu. — Eva, já conversamos sobre isso. Os Eevee do tipo metálico, eles...
— Estão desaparecidos, eu sei, eu sei... Mas ainda existem em algum lugar do Mundo Pokémon! — Eva levantou-se e foi em direção da janela. — Eu só precisava sair em uma viagem com você, e juntos nós descobriríamos todos os segredos deles. Seríamos ícones para a Velha Geração, falaremos sobre honra, acenderemos fogueiras ao anoitecer que brilharão no céu até que possamos dormir! Lutaremos juntos, Chaud. Ombro a ombro.
Por fim, Eva voltou a encará-lo.
— Como nas suas histórias.
O ferreiro percebeu que todo seu treinamento para a pequena Eva acabara despertando algo muito além da força de vontade em seu coração.
Sentou-se na cama e pediu para que Eva também fosse até lá. A pequena também se sentou num canto de maneira ereta, enquanto Chaud ainda procurava o que dizer. Coçou a cabeça antes de dar-lhe uma explicação do que estava por vir, mas seria necessário.
— Estamos nos separando, Eva. Vou iniciar meus treinos com os demais membros, mas este será muito mais intenso e exaustivo. Eu não estarei aqui para compartilhar disso tudo com você, por um tempo.
— Eu sei, eu sei. É por isso que já planejei as minhas escapadas! — Eva deu uma risadinha. — Mesmo que eu esteja na equipe do Watt, vou fazer o possível para tirar uma folguinha e ir vê-lo!
— Estarei longe.
— Eu arrumo minhas malas e descubro onde você estará.
— Seus pais também vão sentir falta, não?
Eva fechou a cara.
— Minha mãe? Acho que não, vai ficar até feliz que eu vá embora. Não terá mais de acordar de noite para saber se eu pulei a janela.
Chaud revelou um sorriso discreto.
— Sinto que ela gosta dessa rotina, minha pequena. E sentirá mais falta de você do que qualquer outro.
Eva abaixou as orelhinhas de raposa e encarou o vazio. Parecia ter aquela mesma mania de Milady de não conseguir olhar nos olhos das pessoas quando ouvia a verdade, principalmente quando essa pessoa era Chaud, que possuía um olhar dourado e profundo, quase indecifrável. Só faltava ela agarrar uma almofada e começar a gritar.
— Minha mãe quer que eu evolua, Chaud... Para qualquer coisa, só não admite que seja algo da velha geração... Ela não quer que eu vista armaduras, carregue espadas e tenha minhas próprias histórias... Ela espera que eu me torne velha e fique entornada nos livros, lendo as histórias dos outros.
— Nem todos nascem para escrever — comentou Chaud. — Alguns se deleitam somente pela oportunidade que ganham de viajarem para muitos lugares. Foi assim que eu fiz com que você se apaixonasse por batalhas medievais, cavaleiros e donzelas.
Eva deu uma risadinha, encostando a cabeça lentamente no ombro do guerreiro, exatamente como um certo alguém também fazia com seu marido.
— Eu queria seguir meu coração, Chaud...
Ele envolveu um de seus braços no ombro da jovem com o intuito de protegê-la.
— Nem sempre o coração ganha, minha pequena... Há outras forças agindo neste universo, tanto para o bem quanto para o mal. E cabe a nós sabermos como nos adaptar a tudo isso quando decidirmos tomar nossas próprias decisões.
Eva encarou-o mais de perto.
— Não é função dos Eevees adaptar-se ao seu meio? — perguntou Chaud.
— Sim, é só que... Eu queria muito ser uma guerreira como você!
— Veja bem, eu não escolhi viver nessa época, estou certo? Esta vida nova, milhões de anos após aquela que realmente vivi... Eu não escolhi estar aqui, isso tudo simplesmente... aconteceu.
A voz dele poderia ter sido um lamento naquele instante, e Eva imaginou todos os amigos, amores e familiares que Chaud deixara para trás. Todas as memórias que tiveram de ser esquecidas para que ele continuasse seguindo em frente.
O guerreiro tocou em um dos ombros dela antes de levantar-se.
— É por isso que precisamos sempre nos adaptar àquilo que acontece. Temos de tirar o melhor de tudo. Se te derem alguns limões, faça uma limonada. Eu sei que você faria.
Eva corou com o elogio, lisonjeada pela sabedoria de seu mestre. Chaud ia carregar todas as suas bagagens sozinho quando a moça deu um salto e ofereceu-se para ajudar.
O Bastiodon parou e olhou bem para seu quarto que servira como centro de treinamento desde que chegara à guilda ao que parecia serem anos.
— Vou sentir saudade dessa forja, mas como acabei de dizer, temos de nos adaptar. Posso começar tudo de novo em outro lugar, construir algo novo... Sempre melhorando pelos outros.

Chaud e Eva levaram os equipamentos para a viagem que Aerus logo faria rumo ao norte, onde Akagi e sua guilda os aguardavam para iniciarem o treino intensivo de seis meses. Ainda naquela tarde Tom Sawyer também foi visita-lo e despedir-se, e os três ficaram conversando e aprendendo mais durante a tarde toda. Eva não quis voltar para casa e ter de encarar sua mãe. Queria poder ficar ali com seu professor particular para sempre.
— Minha mãe deve ter ódio de você — ela deu uma risada amistosa. — Digo, foi você quem me ensinou tudo, Chaud! E se não fosse por isso, eu provavelmente estaria aí andando com maquiagem e salto alto. Ei, quer vir jantar com a gente antes que nos separamos?
Chaud quase engasgou com o próprio ar. Eram surpresas demais para uma única manhã.
— Um jantar? Com qual intuito, exatamente?
— Hm, sei lá... Comer?
— No meu tempo os jantares eram feitos como apresentação de novos membros da família, como uma ocasião formal para que se conhecessem os pretendentes da mulher antes do casamento.
— Ah, isso não mudou — Eva falou num tom engraçado, mas depois riu ainda mais alto. — Tommy, vai querer vir também?
— Eita, melhor ficar pra próxima... — disse o Rioluzinho com uma risada. —Essa coisa de jantar parece ser meio importante pra ‘ocês dois, nem vou atrapalhar em nada, tá bem?
— Okay. Mas ei, Chaud, você vai, né?!
O ferreiro coçou a cabeça ainda um pouco encabulado.
— Bem, eu... Vou sair amanhã cedo.
— É só para nos divertirmos. É só um jantar! Vamos lá, por favor, por favor! Nem sei quanto tempo vou ficar sem te ver!
— Tudo bem... — disse Chaud com a voz baixa. — Eu acho.

A noite logo veio, e com ela, um clima sombrio. Não porque Eva levara Chaud para um jantar romântico ao lado de seus pais, seu irmão adotivo e o segurança gigante da família; mas porque uma presença maligna vinha se aproximando no leste nas últimas horas.
Milady realmente não esperava aquela visita, e muito menos Chaud esperava o convite. A mesa estava pronta, com Isaac na ponta e sua esposa na outra, todos juntos com sua curiosa família para a confraternização. Duke não era um dos irmãos mais legais, e nem era possível dizer por quais motivos é que o gigante Atros estava junto deles, mantendo a vigilância da sala sem mover nem um músculo.
Era difícil Chaud ficar sem reação, mas Eva havia conseguido deixá-lo constrangido pela primeira vez.
— Gostou da comida, Chaud? — disse Eva.
— Sim, está excelente. — Ele disse de maneira séria, mas ainda um pouco acanhado. — Foi a senhorita Milady quem preparou?
— Quem? A mãe pegar uma panela e tentar cozinhar algo? É ruim, hein! Foi meu pai quem preparou tudo, da última vez que a mamãe tentou fazer algo a gente teve de enterrar os pedaços de carvão tostado, porque poderia envenenar quem provasse!
Milady cortou um pedaço de bife quase trincando o prato.
Educadamente, ela deixou seus talheres de lado e trocou olhares com o visitante, entrelaçando suas mãos e apoiando os braços deliberadamente sobre a mesa.
— Sabe, não estávamos esperando visita hoje — disse Milady.
— Nem eu esperava, minha senhora — respondeu Chaud, ainda não acreditando o que fazia ali.
Milady começou a fazer gestos circulares com a mão em torno de seus fios de cabelo azulados. Encarou bem Eva, e sentiu que ela estava sorridente até demais. Ainda não havia se esquecido de sua briga com a filha naquele mesmo dia.
— Quer dizer que você é o homem que têm treinado a minha garotinha... E a transformado em uma... Guerreira. — Milady tomava cuidado com suas palavras, enquanto seu marido não tirava os olhos dela, rezando para que não fosse rude.
— Sim, eu sou o encarregado. Transmiti todos meus conhecimentos para que sua filha pudesse decidir qual caminho trilhar, e posso garantir que ela foi uma aluna... exemplar. — Chaud e Eva se entreolharam de relance. — Eva é versátil e espirituosa. Sabe extrair o melhor de tudo.
— Oh, então diga para ela escolher logo uma evolução! — Milady apressou-se.
A garota nem entendeu como o assunto havia subitamente se transformado em: Escolha uma evolução para minha filha! Era como se a obrigassem a prestar um curso e fazer uma faculdade contra sua vontade.
— Posso perguntar quantos anos o senhor tem? — indagou Milady.
— Bem, eu... Perdi a conta. — Chaud teve de ser sincero.
— Oh, que interessante. Escondendo a idade, hm? Aposto que é porque você deve ser considerado um prodígio, e não quer encabular a todos nós, reles mortais, a experiência e aprendizado adquirido a frente de seu próprio tempo!
— Mãe, por favor... A idade dele é o que menos importa agora — pediu Eva, vendo que em breve Milady começaria um interrogatório intensivo como aqueles feitos para entrar em um concurso público.
Chaud ajeitou os talheres em seu prato.
— 129.
— Como é? — indagou Milady.
— Milhões...
— Do que você está falando?
— Anos...
Eva jogou um prato no chão para chamar a atenção de todos e interromper aquela conversa.
— Oh, meu Arceus, como pude ser tão distraída? — disse a menina num tom irônico.
— Mentira, maninha. Eu vi você jogando os pratos de porcelana da coleção da mamãe no chão de propósito! — desmentiu seu irmão.
— Cala a boca, Duke!!
E o interrogatório entre o suposto “namorado” da filha e sua futura sogra continuava.
— Por que exatamente o senhor anda por aí vestido de armadura? — indagou Milady.
— Porque nunca se sabe quando poderemos ter o ataque de um inimigo — assentiu Chaud.
— E por que você usa essa máscara? Está escondendo alguma coisa?
— Não...
— Tira a máscara.
— Não posso.
— Tira essa droga de máscara! Você tem alguma cicatriz escondida aí ou só não quer mostrar esse rostinho de adulto pra minha querida filha? Eu sabia, você é muito mais velho do que ela. Eva, manda ele tirar!!
— Nem eu vi o rosto dele, mamãe!
— Tira logo a droga da máscara! Agora eu quero ver!
Chaud já começava a achar que aquele jantar era pior do que enfrentar monstros e dragões em seu tempo.
Atros começou a olhar uma das janelas, desconfiado de algo.
Milady ainda conversava com o guerreiro mascarado, e parecia estar mais apreensiva do que seu próprio visitante; Eva não aguentava de vergonha; Duke fazia palhaçadas na mesa sem receber atenção, enquanto Isaac continuava a saborear seu próprio prato pensando em qual tempero utilizar na próxima vez.
O vigilante foi em direção de seu mestre e falou bem baixo em seu ouvido:
— Sir Isaac, preciso retornar à minha vigília.
— Ora essa, senhor Atros. Por favor, fique mais.
— Não posso — o velho balançou a cabeça. — Preciso ir. Agora.
Chaud suava frio pela interrogação de Milady. Eva já perdera sua paciência e nenhum deles percebeu o movimento que se aproximava. O velho Atros cerrou os olhos e viu o que temia, correu em direção da cadeira de sua senhora e empurrou Milady no chão com todas as forças.
A Glaceon deu um grito e saiu rolando para o lado. Chaud e os demais se levantaram no mesmo instante.
— O que pensa que está fazendo, bastardo?! Como ousa empurrar-me em meio a uma discussão de tamanha importância? — gritou Milady em toda sua fúria.
Chaud retirou o escudo apoiado atrás de sua cadeira.
— Estão nos atacando.
— Mãe, olha!
Eva percebeu que onde Milady estivera sentada havia uma flecha fincada na parede, exatamente na altura de sua testa. A mulher suou frio, e somente então percebeu que seu guarda costas a salvara. Duke estava em pânico, Isaac retirou uma rapineira exposta em uma das paredes e encontrou-se com Chaud de maneira que um protegesse a dianteira do outro. Eram os únicos que estavam armados naquela ocasião, fora o canhão do senhor Atros.
— Um ataque? Contra minha família? Alguém terá de pagar — disse o Leafeon enfurecido.
Atros levantou-se e ajudou Milady a fazer o mesmo, retirando a poeira de sua roupa.
— Ameaçaram a segurança de minha senhora. Alguém terá de morrer — falou o velho Lairon com sua voz assustadora.
Uma flecha passou zunindo e acertou o escudo de Chaud, que mantinha a posição defensiva para proteger aqueles que estavam desarmados. Logo, sete Sneasels quebraram o vidro das janelas e apareceram ali trazendo consigo katanas e espadas longas de manuseio ligeiro. Estavam completamente encapuzados e irreconhecíveis. Começaram a atacar a família, mas Chaud os golpeava com seu escudo antes que chegassem mais perto. Isaac perfurou o braço de um, enquanto o senhor Atros agarrou o pescoço de um terceiro e o arremessou para fora da colina sem uma chance de retorno.
Milady correu em direção de seus filhos extremamente assustada, mas procurando manter a segurança dos mais novos.
— Subam para o segundo andar, rápido!
Isaac foi guiando sua família, Eva e Duke estavam ao lado de seus pais, mas era difícil ver Chaud e o senhor Atros ficarem ali tomando conta de tantos mercenários sanguinários. Eva queria ficar e ajudar, mas foi impedida. Logo que eles subiram as escadas e desapareceram de vista, pelo menos agora Chaud poderia parar de defender-se e começar a atacar para valer.
— Espero que a idade e a doença não tenham o afetado tanto, senhor Atros — disse-lhe Chaud.
— Apenas alguns imprevistos — o homem respondeu. — Agora deixe-me colocar esse canhão para funcionar, porque eu já estava começando a ficar com saudade de usá-lo. Metal Burst.
Eva ainda ouvia as explosões no andar de baixo, mas corria com toda a pressa junto de seus pais para proteger-se num local seguro.
A família foi surpreendida quando mais janelas foram quebradas, e agora dois Sableyes surgiram com facões e adagas afiadas. Estavam com os dentes amarelos à mostra e um sorriso maligno no rosto. Isaac colocou-se em frente e apunhalou um dos assassinos no peito. O outro conseguiu esquivar-se e chegou bem perto de acertar o Leafeon na cabeça, mas errou e enfiou a lâmina no braço do homem. Eva foi mais rápida em acertar invasor no ombro com a faca que fora deixada, o Sableye grunhiu de dor, e deu a chance de Isaac finalizá-lo com um corte lateral usando seu braço esquerdo que ainda estava bom. Milady estava com os olhos arregalados, nunca antes vira sua filha em uma batalha.
— Belo movimento — elogiou o pai já arfando de cansaço, tentando estancar o sangramento em eu ombro.
— Quando foi que aprendeu esses movimentos, mocinha? — indagou sua mãe.
— Enquanto você tomava chá e comprava sapatos, mãezinha — respondeu Eva de maneira ríspida.
Eles finalmente conseguiram tomar refúgio no quarto principal, mas parecia que os mercenários continuavam vindo. Soldados Pokémon do tipo Noturno e Lutador, todos sob comando de alguém ainda não identificado.
Chaud e Atros ficaram ali embaixo combatendo os impostores até que dois Hariyamas gordos e bem armados vieram na companhia de um Toxicroak de dentes amarelados e cicatrizes no corpo.
— Por que sempre temos de encontrar uma resistência quando tentamos destruir algo? Por que essa gente não desiste mais fácil das coisas? — indagou o Toxicroark com um ar de deboche.
Chaud foi rápido em sua resposta.
— Porque se tivéssemos de obedecer as ordens de homens repugnantes como você, já estaríamos todos perdidos.
— Hmm, você realmente é uma peça rara, Chaud, a Grande Muralha. Mas a questão é que eu não imaginava que você fosse estar aqui. Esperava-se que somente a família de Eevees estivesse, além desse velho rabugento — o Toxicroak olhou para Atros. — Nada que tenhamos muita dificuldade em lidar, mas você... Nossa, é uma pedra em meu sapato!
— Característica dos Pokémon Fósseis, creio eu — Chaud respondeu de maneira séria.
Outros Sneasels começaram a vir das sombras, todos armados com katanas e flechas de bambu envenenado na ponta que miravam em direção dos dois guerreiros, impossibilitando-os de qualquer movimento.
O Toxicroak tomou frente e esticou uma das mãos para trás ao dizer com todo sarcasmo possível:
— Agora, rendam-se e me entreguem a família.
— Um bando de mercenários inúteis como vocês seriam subjugados pela própria Milady, se ela decidisse descer aqui e dar uma surra em vocês — brincou Chaud, já conhecendo bem a reputação que a mulher construíra quando ainda participava de batalhas.
O mercenário riu.
— Ora essa, mas não somos apenas um bando de ladrões inúteis. Meu nome é Kihei Musashi, e estou aqui sob serviço de minha senhora Bonna Party, integrante dos Remarkble Five.
— Por que os Remarkable Five ordenariam algo tão tolo a esse ponto? — indagou o Bastiodon.
— Não sei... Estou aqui com o simples intuito de... — Kihei Musashi simulou um corte em seu pescoço com um dos dedos. — Matar alguns de vocês.
Atros não gostou nada daquilo que ouviu.
Reagiu ao chutar a mesa e jogá-la contra os invasores, no mesmo instante apontando seu canhão para o Toxicroak e disparando sem piedade. O impacto abalou toda a estrutura da casa, e alguns dos adversários foram cegados pela luz causada pelo Flash Cannon. Chaud também reagiu e voltou a batalhar, encarando de frente os dois Haryamas gigantes enquanto o Toxicroak pulava pelas paredes e disparava veneno contra eles.
— Matem eles! Matem eles! matem todos!!

• • •

— Pai, não podemos ficar aqui parados enquanto o Chaud e o senhor Atros lutam por nossas vidas lá embaixo!
— Você teve sorte de encontrar um namorado bem forte. Ele é feito de ferro, vai aguentar — disse Milady tentando esconder-se no armário, mas tendo dificuldades em ocultar todo aquele vestido longo e chamativo.
Duke estava arrasado com a situação.
— Por sorte acho que o Sly fugiu, ele pode ter ido buscar ajuda... M-Mas e o senhor Atros? Ele está doente pai, você sabe bem disso!
Isaac não sabia qual decisão tomar. Sabia que o velho Atros já não podia batalhar, pois seu coração não andava bem. Há alguns meses tivera um acidente com Yoshiki e Jade, e o segurança quase enfartou depois de uma rápida batalha demonstrativa.
— Pai, precisamos ajudá-los!! — pressionava Eva.
— Eu sei! — gritou Isaac desesperado, numa rara ocasião onde perdera o controle da situação. Ele gemeu baixinho pela dor que sentia no ombro. Sua filha foi em sua direção preocupada, pedindo desculpas por tê-lo pressionado.
Isaac continuou:
 — Temo que nenhum de nós aqui seja capaz de lidar com estes invasores. Eles não são ladrões ou guildas normais que vêm causa encrenca, e estamos longe de todos os demais membros da Fire Tales para pedir um resgate... Estamos encurralados.
Eva jamais poderia ficar ali trancada ouvindo os disparos e o som de metal sendo cortado. Destrancou a porta e saiu correndo para fora. Milady tentou impedi-la em vão.
— Eva, volte aqui!
Mas a jovem Eevee continuava correndo, e por um instante teve uma visão de relance pela escada de como estava indo a batalha. Chaud mal conseguia aguentar o impacto dos gigantescos Hariyamas, enquanto Atros tinha três flechas fincadas em seu corpo, e o sangue jorrava.
— C-Chaud...!! — ela sussurrou bem baixinho.
Sua mãe chegou tropeçando no vestido naquele instante. Segurou nos ombros da menina com força enquanto a chacoalhava e berrava aos gritos:
— Você ficou louca, filha?! Nunca mais fique longe de mim!!
— Mãe, o Chaud e o senhor Atros!! Eles vão morrer!
Quando Milady virou-se para ver a situação da batalha, viu que um Sneasel disparou uma quarta flecha que acertou o peito de Atros que por um instante sentiu o impacto. O velho cuspiu sangue, e vendo a oportunidade, o Toxicroak parou em seu corpo despojado e colocou a adaga em seu pescoço.
— Está na hora de se aposentar, velhote.
— Conheço um Toxicroak muito mais perigoso do que você. Acha que sua faquinha de plástico me assusta?
Atros segurou a arma com sua própria mão e começou a apertá-la. Mas sangue começou a ser derramado, mas ele parecia não sentir dor. Usou a outra mão para agarrar a cara de seu inimigo, e em seguida bateu-a contra a faca que estava na outra. Um baque surdo foi sentido e o corpo do invasor contraiu-se no chão até parar de se mexer.
Chaud ainda tentava derrubar os dois Hariyamas, mas não viu quando mais uma flecha passou zunindo e acertou a coluna do velho Atros causando um espasmo. O gigante caiu para frente como uma montanha, e Milady deu um grito ensurdecedor:
— Nãoooooooooooooo!!!
A atenção dos invasores agora fora drenada.
Eva viu-se encurralada, e Chaud não teria como protegê-la de tão longe. Sua mãe gritava em agonia, não podia acreditar que o senhor Atros havia caído em sua frente daquela maneira, e ela não podia fazer nada.
A jovem Eevee não havia percebido, mas o céu lá fora começava a clarear. A garota olhou para suas próprias mãos e viu ali um brilho de necessidade, de vontade. Sentiu que novos poderes viam até ela, e por mais que ela ainda não tivesse escolhido uma evolução, a evolução a havia escolhido.
Ainda era noite e não devia estar claro daquela maneira, mas o sol surgiu tão intenso quanto o meio dia. Eva abriu seus olhos e sentiu suas orelhas alongarem, a pele rejuvenescer e sua mente abrir-se para o mundo. Flechas vieram zunindo em direção dela e de sua mãe, mas Eva apenas estendeu a mão e as fez parar no ar com o poder da mente.
— Psychic? — indagou Milady. — Espeon!
A Espeon foi descendo as escadas, mandando as flechas de volta para seus atiradores e derrubando adversários com seus novos poderes. Chaud conseguiu liberar-se da investida de um dos lutadores, e quando Eva chegou foi como se eles tivessem sido apunhalados no peito, sendo arremessados contra as paredes da sala de jantar feito uma bomba. Chaud livrou-se de mais dois inimigos escondidos atirando o escudo como um disco, e os demais tentaram fuga vendo que não haveria vitória.
Vendo que seu líder fora abatido, os Sneasels deixaram a casa com a sensação de que seu dever fora cumprido, pois o guarda costas da família fora eliminado, e em breve eles poderiam retornar para finalizar o serviço. Mas no caminho depararam-se com um sujeito troncudo vestido só de cueca, na companhia de uma dezena de lutadores com luvas de boxe e peitoral definido.
— Está na hora do grande Sly Stallone salvar o dia. Hãp, hãp! — disse o Machoke fazendo movimentos estranhos. — Vamos lá, galera. Eles atacaram nossa família, e quem mexe com eles também mexe com a gente.
Com a situação sendo colocada sob controle, Eva quase desmaiou nos braços do guerreiro, exausta por usar poderes que nunca antes imaginara ser capaz. A pequena abriu os olhos e encarou a máscara de ferro um pouco manchada de sangue, Chaud tinha os olhos cansados, mas sempre aptos e preparados a encarar qualquer desafio.
— Chaud... Eu ajudei?
— Eva... Você nos salvou.
A garota sorriu e fechou seus olhos serenamente, grata por tudo aquilo ter terminado.

Isaac e Milady desceram as escadas correndo. A mansão estar destruída não era um problema tão grande, mas o corpo estendido do senhor Atros continuava imóvel na sala de jantar. Milady nunca imaginara que seu segurança particular há mais de 30 anos começara a envelhecer, a mulher segurou no rosto machucado do velho e arrancou aquele elmo de prata que ocultava sua visão rosto.
Pela primeira vez, Eva viu o rosto do guarda costas.
— Senhor Atros, senhor Atros...?!!! — Milady gritava com todas as suas forças, debruçando-se sobre o corpo do homem e chorando bem baixinho.
Chaud atentou-se aos lugares onde o Lairon fora atingido pelas cinco flechadas. Não esperava que houvesse muitas chances dele sobreviver.
— Senhor Atros... Senhor Atros... — Milady soluçava. — Atros, Atros!
Subitamente a mulher sentiu que as mãos do homem se mexeram. Ele continuava exausto e tranquilo, mas foi capaz de estendê-la para tocar no rosto suave e pálido de sua senhora.
— Não importa quanto tempo passe... Você ainda chora como uma garotinha... — disse o velho Atros.
— E-Eu sei, dentro de mim sempre haverá aquela garotinha levada — respondeu Milady com um soluçar. — Lembra daquela vez em fugi de casa, e no beco sem saída da cidade...? E... E também tantas outras... Perdi as contas de quantas vezes você me protegeu...
— Eu devo isso à sua mãe, sua família. Nasci, cresci e vivi sob os cuidados de seu pai.
Milady segurou a mão do homem com mais carinho, colocando-a em seu rosto.
— E em algum instante o senhor se arrepende disso?
— Não me lembro de ter tomado qualquer decisão. Essa vida... Ela me escolheu — disse o homem com a voz ficando cada vez mais fraca. — Milady, eu tenho de agradecê-la por todos esses anos de serviço, mas...
— C-Cale-se!! — ela gritou. — Não diga isso, não pense em morrer!!
A mulher ajoelhou-se e apontou para o corpo debilitado do homem. Respirou fundo antes de dizer:
— Senhor Atros... E-Eu... Eu... — ela chorava cada vez que pensava naquela possibilidade. — Eu não permito que você morra.
Atros ficou estático, com os olhos encarando bem a beleza daquela moça que vira crescer, e orgulhava-se disso. Parou e então descansou a cabeça no chão, fechando os olhos numa tranquilidade anormal.
A respiração de Duke ficou até mais pesada.
— Ele morreu?
Eva deu um soco em sua cabeça.
— Não creio que ele vá morrer tão cedo agora — respondeu Chaud com um sorriso.
— O senhor Atros é um grande homem, seus anos de servidão só irão terminar quando sua senhora permitir. Vamos dar-lhe um descanso agora, e arrumar essa bagunça — encerrou Isaac.
Milady continuou ali deitada sobre o corpo do homem, acariciando seu rosto envelhecido pela idade e agradecendo os céus bem baixinho pela lealdade que lhe dera, pois era ela quem o tinha impedido de partir deste planeta. Logo ele foi levado às Casas de Cura, onde teve de repousar por mais uma semana inteira sob os cuidados de Sophie e a vigilância insistente de Milady que ficou ao seu lado o tempo todo. Ela precisava certificar-se de que ele não morreria... Ainda não tinha sua permissão para morrer.

Até o verdadeiro amanhecer, Isaac cuidou para que sua mansão fosse fechada e eles se mantivessem em segurança. Da mesma maneira que Eva iria embora no fim de semana com a equipe de Watt Fuarrint, Chaud estaria partindo com a de Aerus Draconeon muito em breve. Milady e sua família ficariam lá, tentando viver sua vida da melhor maneira possível, mas depois de analisar bem que o estado de Atros não era dos melhores, perceberam que seria melhor chamar mais seguranças e procurar um local diferente para viver.
Chaud e Eva estavam sentados num dos bancos do jardim de Milady, pensando sobre tudo que acontecera.
— Engraçado, se eu me concentrar muito, sinto que posso prever o que você está para dizer. Curioso, não? — disse Eva, ainda tentando aprender a controlar seus novos poderes.
Ela esticou as mãos e tentou levantar algumas paredes destruídas do jardim, mas ainda não tinha forças para controlar algo tão grande.
— E o que eu estava para dizer? — indagou Chaud na sequência para testá-la.
— Que quando eu evoluísse, eu iria gostar... — Eva teve de admitir. — Tudo bem, parece que ser Espeon vai ser legal... Melhor do que eu esperava até. Não vou precisar de armaduras com todos esses poderes sobrenaturais, mas estou pensando em dar uma séria mudada no meu visual. Você acha que seria legal se eu mudasse minha cor de cabelo para rosa?
— Você acabou de dizer que consegue prever minhas respostas.
— Qual é, ainda estou praticando. Eu prevejo, não leio pensamentos!
Chaud riu, e por um instante os dois ficaram em silêncio. Eva trocou olhares com o homem e admitiu o real motivo da evolução.
— Eu me tornei uma Espeon para ajudar todos vocês... Para cobrir as fraquezas de um, e compensar com o apoio de outro. É isso que você me ensinou, Chaud. Você foi meu mestre.
Eva abraçou seus joelhos um pouco acanhada.
— Às vezes eu me perguntava... Por que um mestre treina seu discípulo? Não se trata de apenas passar seu legado, ou ver o conhecimento de muitas gerações continuar vivo. A verdade é que o discípulo deve treinar para que um dia seja ele quem carregue seu mestre.
A garota voltou a encostar a cabeça no ombro do rapaz, encarando o nascer do sol na varanda de sua casa praticamente destruída.
— E é por isso que tomei essa decisão. Sempre irei extrair o melhor de tudo, mesmo que seja algo que não estivesse em meus planos, que não seja do meu agrado. Obrigada por me mostrar as decisões certas a se tomar, Chaud.
O homem continuava em silêncio, mas respirou fundo antes de falar:
— Consegue prever o que vou dizer?
— Acho que sim — Eva fechou os olhos. — Eu também.

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  1. QUE CAPÍTULO LINDO!!!!!!!! EU TO CHORANDO AQUI! EU PENSEI QUE ATROS IA MESMO MORRER! (mentira, eu sabia que ela não ia morrer por causa do Gijinka pós seis messes, mas vamos dizer que eu achava pra fazer drama).

    IAAAAA ATAQUE NINJA NOTURNO!!!!!!! HAHA BANDO DE OTÁRIOS NINGUÉM VENCE A FIRE TALES NA CASA DELES!!!! Canas eu sabia que ela ia evoluir! EU SABIA, SABIA, SABIA! Gente como estou estérica, só não supero a Mila...

    Já disse que esse capítulo foi perfeito? Se não disse o.k.. Ele foi Perfeito!
    Gente eu olhei assim e pensei "Que capítulo grande..." e pra me atrasar o pessoal do face ficava falando comigo eu juro que quase ia gritar com eles.... mas agora que paro pra ver até que li rapidinho.
    A claro tinha que começar com uma briga entre mãe e filha, para depois elas recorrerem a seus amados; agora quando a Mila falou que sonhava com um príncipe encantado ai minha mente começou a trabalhar: Tipo o Isaac não seria seu príncipe encantado? Certo ele sempre foi um jardineiro, mas até os plebeus se tornam príncipes ao olhar de uma menina apaixonada, não?
    Hmmm... quer dizer que eles ainda vão partir? Então todos aqueles Gijinkas postados meio que entregam que alguns dos Pokémons não precisavam passar pelos seis messes para mudar de aparência?
    Eu juro que achei que o Chaud morreria, mas ai eu comecei a ficar com duvidas, coitada da Eva se isso acontecesse. E por acaso ela vai pintar o cabelo de rosa?
    Canitas eu amei, especialmente, este capítulo; sinceramente estava precisando ler um que centrava nesta família, só não digo o por que.... Até mais!!!!

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  2. Diga ae, Lux! Eu fiquei com aquele gostinho de matar alguém, mas ainda não é hora, é cedo demais kk Vamos apenas montando o clima e preparando o cenário para o que está por vir, todo esse treinamento dos Seis Meses não passa de uma prévia. kkkkkkkkkkkk Ei, mas fico muito feliz em ver sua empolgação. Como você mesma disse, é um capítulo de aparência longa e cansativa por não ter nenhuma imagem, mas ele vai tomando um rumo bacana e chega uma hora que a leitura se acelera quando os ninjas começam a sair pelas paredes kkkkk Malditos ninjas, mal prevejo seus movimentos!

    Fazia realmente muito tempo que eu não trabalhava com um episódio só dessa família, praticamente inteiro dos Pokémons da Dawn. A maioria já sabia da evolução da Eva, mas você comentou algo interessante sobre essa mudança dos Seis Meses. Bem, deixe-me tentar explicar... Eu tenho 32 personagens a serem postados antes que a Saga Platina comece. Se eu postasse todos eles de uma vez perderia a completamente a graça, então, a solução que encontrei era justamente ir postando eles aos pouquinhos. É impossível eu seguir uma linha cronológica, não tem como eu falar justamente quando e por que eles mudaram. Cada ficha que eu atualizo representa o que aconteceu "depois" dos Seis Meses, mas isso não quer dizer que alguns treinaram antes que os outros. Todos treinaram ao mesmo tempo, mas eu estou fazendo as postagens aos poucos para deixá-los mais na ansiedade.

    Todos os Pokémons passaram pelos Seis Meses, mas a diferença é que alguns eu terei que postar mais cedo, e outros mais tarde. Essa época em que estou sem postar nenhum capítulo da História Central funciona como o preparatório, eu posso ir e voltar no tempo. Neste episódio a Eva e o Chaud ainda não saíram com suas equipes, mas de repente se formos para um Support eles já terão saído, consegue entender? Entenda os Seis Meses como tudo que estiver sendo feito nesse tempo, até que o retorno da Saga Platina seja postado. Me desculpe pela explicação longa, mas é a única maneira que encontrei de tentar explicar tudo isso. Sei que é meio confuso, mas é importante que vocês percebam que os Remakes representam o "após" Seis Meses, ainda que nem todos tenham sido concluídos e postados.

    Bem, em torno dessa semana estarei trazendo a ficha da Eva, do Atros e do Chaud. Três personagens que com toda certeza ficaram fantásticos! Fico feliz que tenha curtido esse episódio, e continue de olho para muito mais. Obrigado pelos elogios querida, beijos!

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  3. Não pergunta o que que eu to fazendo aqui. Eu sei que minha leitura se encontra parada uns quinhentos caps antes desse ponto, mas, quando vi aquela postagem na página.... Não sei, algo me atraiu pra cá (talvez o tópico "mãe quer que eu seja algo que não quero", "querem me forçar algo que não quero", eu tenho uma ligação com essas coisas -q)
    Btw, é a primeira vez que vejo a Eva, e geeeeeeeeeeeeeeeeeeeeente como eu adorei ela *------* Slá, das impressões vagas que eu pescava aqui e ali, ela parecia uma menininha romântica, mas aqui ela se mostrou totalmente diferente, e totalmente adorável ISSO MESMO, EVA, ABAIXO VESTIDOS, MAQUIAGEM E SALTO ALTO, BORA LUTAR /O/
    Só não gostei das dezenas de vezes que tive que ver associando o Chaud a ela como namorado ;-; DOEU PRA CARAMBA FLW ;--; (sei que sou minoria aqui, mas meu shipp continua sendo Chaudiallis E SEMPRE SERÁ FLW)
    E, mano, eu gostei muito de ter lido esse cap, a evolução dela *-----------* É difícil escolher uma Eeveelution preferida, mas Espeon tem seus pontos comigo justamente pq PODERES PSÍQUICOS SÃO F*DAS FLW. E quem quiser discutir comigo RELEIA A CENA DE ELA PARANDO AS FLECHAS NO MEIO DO AR E MANDANDO DE VOLTA u-ú
    Ah, e a lealdade do Atros é de se admirar muito, passei a gostar muito dele só com isso <3 Ah², e o Isaac é tão amor, mds, cadê um Isaac na minha vida? ;-; (btw, ele lembrou um personagem meu -q (pq não sou eu se não achar alguma coisa que lembra história minha, pois é -qq))
    Enfim, realmente nem devia estar aqui, mas já que acabei lendo tudo, nada mais do que justo deixar um coment, né. Abraços da Tsuki ^^/

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  4. Ué, até estranhei em te ver por aqui mesmo, Tsuki kkk Mas por sorte este não é um daqueles capítulos que te deixam completamente aérea caso você perca alguma coisa, dá pra pegar bem o ritmo, eu acho kkkk A Eva tem todo esse jeitinho de menina romântica, quando na verdade o que ela menos quer é que as pessoas pensem que ela seja uma princesinha. Poxa, você pegou o Chaud x Glaciallis porque na época esse foi um dos primeiro shippings acidentais a serem criados, mas com o passar do tempo a Eva completou o espaço que ficava entre esses dois. Vai por mim, passou muito tempo desde aquele incidente na biblioteca entre eles, o Chaud também mudou bastante. A Glaciallis já tem o par dela, mas quando a Eva apareceu houve tanta química entre eles que não tem como pensar no contrário kkkkkk

    Espeon foi uma decisão tensa, até eu perdi a conta de quantas vezes eu troquei de ideia kkk Ela já passou por tudo, desde continuar em Eevee até Sylveon, mas no fim caiu mesmo foi a Espeon. Até que fiquei contente com o resultado, era o tipo que faltava na equipe dos personagens. Bem, fico feliz em vê-la comentando aqui Tsuki, me desculpe por muitas vezes não te responder ou dar toda a atenção que você merece nos comentários em outros capítulos e derivados, mas saiba que eu adoro recebê-la!! Espero continuar trazendo algo que de vez em quando consiga chamar a sua atenção, espero vê-la mais vezes. Beijos, see ya! (:

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  5. Eva, mío amore! Virou Espeon! A eeveelution mais foda, na minha opinião. Eva, com certeza, vai ser a senhorita mais foda do universo, movendo tudo com sua mente a seu bel prazer. Que são guerreiros lutadores pra ela? Nó, venenosos então? Na verdade, qualquer um vai ser brincadeira de criança pra ela. kkk!
    Mas que Chaud é foda tbm, com certeza é. Não digo isso por ser um Bastiodon (pokémon fóssil mais foda do universo), também não digo isso pelo fato de enfrentar hordas de Pokémons poderosos e sobreviver sem dificuldades, mas digo que é foda por encarar um almoço como namorado de Eva com Milady. Coragem é pouca pra quem enfrenta isso. kkkkkkkkk!
    E senhor Atros, você sempre terá um lugar em meu coração apaixonado por guerreiros metálicos. Ainda espero que vc encontre a fada que roubou seu coração, a Malbora original (entenda o trocadilho poético utilizado com o fato de Malbora ser fadinha agora kkk). Mas, se não encontrar, uma guerriera foda bem Tsundere para o senhor. kkk (Não, não desisto dessa ideia, por mais que Canas corte meu barato toda vez. Alguns dizem que sou determinado, eu afirmo que sou chato mesmo. kkkkkkk)
    Quero gijinkas agora. Muitos gijinkas. Muitos gijinkas fodas. Lots and lots of awsome gijinkas!
    Nó, será que estamos perto do fim do hiato? Who knows? Who knows? Muito ansioso pra mais AeS. Tá bom que vou estudar mais hoje. kkkk! (sim, Canas, tenha peso na consciência por me fazer tomar pau em 3 provas... bom que passo a responsabilidade pra vc kkkkk)
    Mas Tô falando demais.
    Adios,
    Moacyr!

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  6. Diga ae, Grande Moa! Devo concordar que agora a Eva vai virar uma máquina de destruição kk Demorou pra decidir, mas o tipo psíquico combina para ela. Era uma das personagens que eu mais estava na ansiedade para evoluir, e para falar a verdade é a primeira que realmente evoluiu após os Seis Meses. Se tu achava o Chaud fodão, é porque ainda não viu ele com a nova armadura... Maluco, o cara virou insano! kkkkk Ele o Atros. Os de armadura ficaram ainda mais fodásticos, eles estão enormes! E como adoro colocar detalhes, abusei de tudo que eu tinha direito. [Só quero ver o drama que será para desenhá-los novamente na próxima kkk]

    Moa, meu caro Moa... Você nunca percebeu que essa dama tsundere que você sempre pediu, na verdade é a própria Milady? Siiiim, Atros x Milady é um dos shippings mais lindos de todos! Quem precisa da Malbora? kkkkkkkk Cara, sem brincadeira, fico feliz que ainda se lembre da Malbora, até porque digamos que ela ainda terá uma aparição importante na Saga Platina, quem sabe fazendo um retorno épico... Nunca se sabe, não? Só acho que ela não será tsundere, mas será a fadinha boa do senhor Atros, até porque o coitado merece. Ele é um dos que mais sofre, nada do que dar um bom par romântico para ele kkkkkk

    Bom cara, eu tenho conteúdo o suficiente para já sair do hiatus, mas antes eu queria terminar de lançar esses Supports, episódios do FT e atualizar todos os personagens que faltam. Não se preocupe, estou pensando em postar um por dia. UM. POR. DIA. Cara, quando que eu imaginei que teria tanta coisa pra postar? Estou animado, muito animado, muitíssimo animado!! Mal posso esperar para trazer as novas atualizações, principalmente de personagens. Ei, não coloque a culpa em mim por bombar nas provas! Eu sou um aluno exemplar, estudando 10 minutinhos antes eu estou tirando de 8 a 9 nas matérias. kkkk Também, né... Com Publicações para Web, Modelagem 3D e Embalagem, quem não amaria essas disciplinas? kk Valeu pelo comentário ae parceiro, abração!

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  7. Gostei muito desse capítulo. Sensacional! Deu pra conhecer melhor outros pokémons. Quando li o título e vi que começava com uma discussão, achei que Eva queria morrer. kkk. Mas mesmo querendo ser diferente ela tem um pouco da personalidade da mãe. Na cena do jantar, mesmo lendo que tinha uma presença maligna, quando Milady começou a interrogar o Chaud, acabei esquecendo disso, coitado do Chaud, só de ler já fiquei tensa, imagina ele. E quando Atros começou a falar que queria voltar pro posto de vigilância foi que me lembrei, e quando invadiram, pensei: 'Ah, não! Mais outra invasão!' E não queria que nada acontecesse com o Isaac, ele é tão maravilhoso. E quando a Eva e a Milady estavam na escada , juro que pensei que a Mila, ia começar a lutar e lançar um golpe do tipo gelo. E fui surpreendida quando a Eva começou a evoluir, isso foi bastante inesperado. Gosto muito dos tipos psíquicos, são pokémon muito fortes. Fiquei com o coração apertado achando que o Atros fossem morrer. Mas sabendo que o gjinka dele ainda vai ser revelado, sabia que aconteceria alguma coisa que evitaria que ele morresse. Só não imagina que fosse desse jeito. Pelo visto a mais poderosa daí é a Milady, só foi dizer que não permitia que seu vigilante morresse, que ele não morreu. Quanto poder, hein?! kkk. Amei conhecer melhor esses pokémons e principalmente essa família.

    Luana

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  8. *-* (não é muita gente que me faz ficar com essa expressão, aproveite)
    Cara, Canas que capítulo incrível, eu só tenho uma coisa a dizer: Chaud você tem coragem! Porque não é qualquer um que encara um jantar na casa dos pais da namorada, podem até existir alguns pais bonzinhos que gostem de você, mas admita, a maioria quer te despedaçar e lhe jogar aos crocodilos por ter chegado perto da bebezinha deles.
    Espeon é um dos meus pokémons preferidos. Porque? Só duas palavras: Poderes psíquicos.
    "— 129.
    — Como é? — indagou Milady.
    — Milhões...
    — Do que você está falando?
    — Anos..." Ri muito nessa parte
    De: Firewall
    P.S.: Se você matasse o Atros eu ficaria sem falar com você por nem sei quanto tempo senhor Canas, entendeu?
    P.S.: Nesse episódio o Duke agiu como o Duke...

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  9. Diga ae, galera! Apesar do trabalhão que deu para elaborar esse episódio, o resultado ficou muito bacana. Normalmente meus capítulos dos FT são completamente non-sense e nem seguem uma linha de raciocínio, mas aqui deu para compreender todo o drama em volta da relação da Eva com sua família, sem contar na participação especial do Chaud na casa da sogra kkkkk Visitar a sogra, será tão ruim assim quanto parece? Houve uma vez que cheguei bem perto, mas só conheci mesmo o pai da minha ex-namorada, e cara... O bagulho foi tenso kkkk Acho que acabei retratando aqui todas essas experiências bizarras, uma sogrinha como a Milady não seria nada legal. Sem contar que almoços em família tem todo aquele ritual sagrado, principalmente quando irmão ou irmã leva alguém especial... A gente já fica até bolando os planos maléficos para quando o momento chegar kkk

    Estou ansiosíssimo para mostrar o Atros mais revigorado e sem o capacete, é uma pena que por conta de meus spoilers vocês já soubessem que ele não morreria, foi um deslize meu kk Mas fiquem ligados, porque o velho tá na corda bamba... Sorte que ele tem a rainha mais foda do universo. Se a Milady mandasse eu faria qualquer coisa kkkk ❤ E posso considerar a escolha da Eva para uma Espeon um sucesso? Tudo bem, alguns queriam outros tipos como Umbreon ou Flareon, mas acho que um tipo Psychic foi realmente muito bom.

    Mas sério, gostei de ver a reação de vocês. Tipo, segunda feira é um dia tosco, nunca tem nada de legal. Aí eu decidi ver se vocês gostariam de receber algumas postagens de peso, coisas importantes mesmo, e pelo visto rendeu resultados! Já que é assim farei uma maratona kkk Tenho bastante coisa por vir, e cada vez mais fico feliz só de ver com o carinho e atenção que vocês me propõe. Ah, e Firewall, eu é que dei risada de seu último PS kkkkkkkkkkkkkkk Duke, por que você sempre age como o Duke?! kkk Valeu hein galera, abraços!

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  10. Qdo o toxicroak ficou contando vantagem eu pensei : MANO. 7 LETRAS E 3 SÍLABAS PRA VOCÊ ,PALHAÇO : Y-O-S-H-I-K-I , YO-SHI-KI. ELE TEM MAIS FACAS E PUNHAIS DO QUE VC TEM OSSOS NO CORPO SO... SHUT.UP.AND.DIE. THIS IS THE SERIAL KILLER ,BABY , AND THIS IS LOOKING FOR YOU .

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  11. Por um instante eu quis procurar qualquer outro Pokémon que não fosse um Toxicroak, mas no fim das contas achei que seria interessante pelo fato de que o Atros já lutou contra o Yoshiki, e qualquer outro adversário perto dele é realmente fichinha kkkkkkkk Eu acho engraçado como o Yoshiki veio chamando mais atenção nos últimos meses, e de coadjuvante ele chegou a ganhar seu próprio espaço por aí! Pois é, a gente nunca consegue prever quando um personagem vai fazer sucesso até experimentar todas as possibilidades kk Obrigado pelo comment, beijos!

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