Posted by : CanasOminous Aug 17, 2012

Olhou ao redor do quarto, no cinza opaco de antes do amanhecer que chegara sorrateiramente do outro lado dos postigos da janela. Logo pela manhã os jovens optaram por seguir até Canalave. Uma fina neblina ainda cobria a rota aquática que ligava seu destino em direção da cidade portuário, e com o frio aconchegante que fazia era muito provável que nenhum dos viajantes desejassem se levantar. Lukas havia acordado às oito da manhã por costume, mas ainda assim sua avó era a primeira a estar de pé, e ainda por cima tinha ido para a feira e preparado a mesa do café da manhã para os netos; Luke implorava para não sair naquele frio, enquanto Dawn e Roark já se levantavam e faziam suas necessidades diárias.
Naquela manhã Canalave os aguardava. Os Irmãos Wallers tinham seus motivos para querer visitá-la tão depressa, era cidade com a maior biblioteca da região, sem contar que inúmeros cruzeiros e navios luxuosos faziam suas paradas por lá levando estrangeiros das mais distantes regiões do mundo Pokémon. Roark não gostava da cidade por conta de um conflito com seu pai, mas ele não podia deixar de concordar que a biblioteca possuía livros não encontrados em nenhum outro lugar. A única que ainda estava receosa da visita era Dawn, que escondia diversas mágoas e má lembranças daquele caminho, embora naquela manhã ela já estivesse mais recuperada e centrada a enfrentar seus medos.
Após o café da manhã reforçado e de malas prontas, a equipe seguiu para fora de Jubilife. Eles procuraram uma balsa ainda nas proximidades da cidade, e com isso foram passando pelas águas azuis observando o céu límpido e os desafios que os aguardavam na cidade portuária. Lanchas podiam ser vistas, e diversas criaturas aquáticas os acompanhava. Wingulls e Pelippers faziam suas tocas em cima da cabine do capitão, enquanto Tentacools se jogavam aos montes nas bordas da balsa que os arrastava para o abismo. O céu brilhava, e aos poucos a estrada de ferro que levava até a cidade começava a se evidenciar nas terras distantes:
— Canalave... Pergunto-me o que nos aguarda nessa cidade. — comentou Luke apoiado sobre as bordas da embarcação.
Lukas logo se prontificou:
— O primeiro local que quero visitar é a biblioteca. Os pesquisadores juntaram livros sobre mitologia de todas as regiões desde os tempos mais antigos, e agora todos eles foram reunidos em apenas nesse lugar, a Canalave Library.
— Lembro-me que o Professor Rowan fazia frequentes visitas à essa cidade, mas eu nunca o acompanhava. Eu preferia ficar no laboratório cuidando dos aparelhos. — comentou Dawn.
— E por falar em pesquisas, como anda o seu progresso nessa área, Dawn? — perguntou Roark.
— Olha, pra falar a verdade, eu o deixei um pouco de lado. Eu sempre auxiliei o Professor com isso, mas acho que não era bem a minha área. Sou mais voltada para outras coisas. Embora eu não saiba exatamente o quê.
— Encontrar a sua área específica é complicado, principalmente quando sofremos tanta influência das pessoas ao nosso redor. — disse Roark — Tipo, eu também nunca quis ser bem um treinador. Minha preferência era ser paleontólogo, ou entrar na área de pesquisas também, mas o meu velho me obrigava a seguir a área de treinador.
— Sério? Você não teve outra escolha? — continuou a menina.
— Na verdade eu até tive, mas dai ele virou líder de ginásio e eu prometi para mim que também seria. Então, ele me obrigou a ser melhor do que ele, entendeu? Hoh, hoh, hoh... — brincou Roark.
Luke e Lukas deram uma ligeira risada com o comentário do amigo. Lentamente Luke encostou a cabeça na parede de madeira do convés e refletiu sobre como estariam seus pais àquela altura.
— Acho que a gente devia ter visitado o pai mesmo... — disse Luke — Eu sei que eu disse que só queria vê-lo quando for o melhor, mas... Sei lá, bate uma saudade. Você não tem saudade do seu pai, Roark?
O rapaz refletiu enquanto apoiava-se nas barras da embarcação da mesma forma.
— Olha, pra falar a verdade, ele nunca se fez presente em minha vida. E também porque minha mãe me deixou bem cedo, imagino que ele deve ter tido dificuldades para cuidar de um filho sozinho. Ele preferiu os seus fósseis a mim, então eu passei a criar esse descontentamento. 
Luke virou-se ao lembrar dos acontecimentos com os pais de Dawn, e mesmo que ela não estivesse prestando atenção na conversa, optou por encerrar o assunto. Ele ainda sentia falta de seu pai, devia ter visitando-o quando teve a chance, pois tinha uma sensação de não poderia fazê-lo tão cedo, como se algo ruim fosse se evidenciar naquela cidade em algum momento da aventura.
O grupo seguiu em silêncio o resto do caminho, e logo a balsa atracou do outro lado. Os jovens desceram e seguiram pela estrada de ferro ornamentada perfeitamente com desenhos de Pokémons antigos e tijolos manufaturados.
— Coisa do meu pai... Ele que gosta de acrescentar esses detalhes. — disse Roark — Fala sério, tudo mundo pisa nessa estrada, qual a utilidade de fazer tantos detalhes?
— Foi ele quem fez esse caminho? — perguntou Lukas.
— Ele é o arquiteto de praticamente toda a área civil da cidade. Pontes, casas, estradas... É uma figura bem importante por aqui, mas dentro de alguns anos Oreburgh será muito melhor. — gabava-se o líder.
estrada estendeu-se, e os jovens foram seguindo o fluxo. Ao chegarem à Canalave depararam-se com um magnífico cruzeiro logo na entrada. O ar de luxuosidade e moderno esbanjava de suas janelas ornamentadas em ouro e prata. Casas e prédios no solo, barcos e iates nas águas. O oceano cortava a cidade em duas áreas interligadas por uma ponte levadiça,que no momento rasgava os céus permitindo a passagem do navio. Aquela era a cidade portuária de Canalave, um dos pontos turísticos mais renomados de Sinnoh.
— Ela cresceu bastante desde a última vez que vim aqui. Talvez eu precise de mais alguns anos até que Oreburgh possa ultrapassá-la nesse crescimento contínuo... — disse Roark pensativo.
— Cara, que show! A cidade do líder metálico! Foi mal, Roark, mas eles são os meus Pokémons preferidos. — riu Luke.
— Eu devia ter te dado um Cranidos, como fui bobo em alimentar meu amigo com criaturas do oponente... Ah, mas eu também curto metálicos, só que os do tipo Pedra sempre são melhores. Combinados com minhas defesas rochosas eles se tornam ainda melhores.
Roark deu um salto à frente e esticou o braço em direção da cidade com enorme ânimo.
— Então, para onde desejam ir? Temos a biblioteca, lindas pousadas, o ginásio do meu velho, e ainda as belas ilhas nas redondezas para visitar e aproveitar. Onde desejam ir primeiro?
— Bora pra Ilha de Ferro! Lá devem ter uns Pokémons muito loucos. Ainda faltam dois membros para mim completar a minha equipe, quero mais criaturas metálicas!
— Tente equilibrá-la um pouco, Luke... Desse jeito você fica muito em desvantagem. — comentou Lukas — Bom, mas vocês realmente querem ir para a Iron Island?
Roark esboçou uma feição de decepção.
— Puxa, justo para lá? A ilha está abandonada há alguns anos como devem saber, mas depois que o Sir Riley a vendeu para um membro da Elite passaram a proibir a entrada de treinadores por tratar-se de uma área particular. O Riley era um velho amigo e ele permitia que a utilizassem, mas acho que agora não temos mais acesso sem permissão. — explicou Roark.
Os jovens pareceram pensativos.
— Agora que você comentou, lembro-me que ele disse que havia a vendido para alguém da Liga mesmo. — acrescentou Lukas — É uma pena que agora ela esteja fechada para a visita.
— Mas não desanimem, temos muitas outras coisas para fazer! Posso ter uma rivalidade com meu pai, mas devo admitir que a estrutura da cidade é perfeita para os visitantes. Vamos nos alojar em uma pousada, e depois, podemos fazer uma visita à biblioteca.
Roark guiou a equipe como seu guia turístico, sendo que algumas vezes treinadores mais jovens até o paravam para pedir um autógrafo e ver seus Pokémons do tipo rocha. Enquanto o líder andava uma pequena garotinha de aparentemente dez anos o parou, parecia ter acabado de começar sua jornada Pokémon e esbanjava toda sua ingenuidade e carinho ao conversar com pessoas.
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— Olha só, é o líder do ginásio de Oreburgh! — disse a garotinha — Você tem cabelos tão bonitos... Ah, tentei marcar uma batalha de ginásio há dois dias, mas eu não quis batalhar contra aquele outro homem. Disseram que você estava nessa cidade, eu quero que minha primeira batalha de ginásio seja contra você!
— Oh, mas você é uma garotinha linda, minha pedrinha polida! — sorriu Roark, passando suavemente sua mão sobre os longos cabelos dela — Olha, agora eu estou meio ocupado, mas voltando para Oreburgh faço questão de que seja minha primeira adversária.
— Eu acho você muito poderoso. — continuou a garotinha.
Roark riu estando cheio de si pelo respeito que agora jovem menina tinha por suas habilidades. Os líderes de ginásio eram como heróis para as crianças, e fazer parte do crescimento dos novatos dando-lhes suas primeiras insígnias era de enorme importância.
— Olha que não vou pegar leve, hein! Você vai ter que derrotar a força de meu Cranidos! — dizia Roark, fazendo a menina esboçar um doce sorriso enquanto se divertia com as loucuras do líder.
Porém, logo chegou um outro menino e puxou-a para longe, ele parecia ser o parceiro de viagem dela.
— Que nada, Nami. Esse é só o primeiro ginásio. Todo mundo já ganhou dele, vamos procurar o Byron para pegar o autógrafo de um líder de verdade!
O jovem puxou a menina para longe, mas ela ainda tentava acenar para Roark que permanecia petrificado do outro lado. Lukas andou até o amigo e colocou a mão em seu ombro.
— Não fique triste. Pokémons de pedra são legais... — disse Lukas amigavelmente — Eles só têm algumas bilhões de fraquezas e perdem para praticamente todos os iniciais visto que os do tipo fogo sempre têm algum truque, mas pense bem, você vira uma celebridade entre as crianças.
— Ser o ídolo de crianças de dez anos é decepcionante... — disse Roark com uma aura negra em volta — Eu... Ah cara, pode parecer estranho, mas é algo que nós aprendemos a lidar. É meio triste, mas perder faz parte, e eu aprendi muito com isso.
Luke riu ao ver a reação de seu amigo. Ele imaginava como seria se aquela situação fosse com ele. Ser um eterno perdedor, aquele que é obrigado a ser derrotado por todos os novatos na temporada, este era o perfil de seu amigo Roark. Porém, agora o líder sorria, ele não ligava de perder, e de forma geral, crianças como a jovem Nami acabavam por prestigiá-lo e dar todo o seu valor por mais que ele não fosse o líder mais temido da região. Ele se destacava à sua própria maneira.
Por fim, a equipe fez seu caminho até a biblioteca da cidade. Marcada com portões de madeira num tom exótico, toda a área de fora não evidenciava nem metade da beleza e da sabedoria que ela trazia por dentro. Pilares sustentavam a base dos longos três andares de puro aprendizado e conteúdo, o clima rústico e antigo dava a impressão perfeita para o ambiente. Lukas adoraria conhecer cada ponto daquele local, enquanto até mesmo Luke procurava entreter-se com alguma coisa.
— Este lugar é fantástico, nunca vi uma coletânea tão grande de obras e conteúdo quanto esta! — disse Lukas.
— Não dá pra ler esses livros, eles não têm imagens... — disse Luke revirando alguns livros e colocando-os na estante novamente — Vê se encontra qualquer revista de fofoca aí, daquelas com seções de foto das líderes de ginásio. Já pensou encontrar alguma da Winona, da Sabrina, da Elesa...
— Ou da Fantina... — brincou Dawn, fazendo seu amigo quase engasgar.
Lukas andou até o terceiro andar do prédio onde ficavam os livros mais antigos, e também os mais prestigiosos da coleção. Havia uma sessão separada para os livros de mitologia de Sinnoh, e com ele, assuntos desconhecidos por muitos sobre as lendas do Spear Pillar e o Mt. Coronet. O jovem apanhou dois livros e jogou-se numa área repleta de almofadas e poltronas num dos corredores, própria para a leitura. Roark logo o encontrou, o rapaz tratava de alguns assuntos a respeito de seu pai com os recepcionistas, mas quando viu Lukas estudar os assuntos de mitologia não escondeu certo interesse.
— Conhece as lendas de nossa região? — perguntou Roark.
— Conheço algumas, como a relação das três criaturas do lago, e também dos lendários Palkia e Dialga, que mantém o tempo e o espaço em equilíbrio. São assuntos bem interessantes, me pergunto quem teria descoberto tudo isso.
— Muitos dos livros daqui foram escritos por nossa atual campeã, a Senhorita Cynthia. Ela é uma pesquisadora muito conhecida, já a viu?
— Pra falar a verdade, não. Só a conheço por nome.
— Se você procurar no final talvez encontre algumas notas sobre a autora, e quem sabe uma foto também. Ela é uma mulher muito bela.
Lukas virou o livro e encontrou o nome da campeã assinado, e logo ao lado uma foto dela como Roark havia dito. Ele pareceu reconhecê-la na hora, só não tinha certeza tratar-se da mesma mulher que encontrara no Mt. Coronet há tantos meses atrás.
Lukas refletiu por longos minutos sonhando na possibilidade de realmente ter sido ela, mas era muito improvável, ele lembrava-se muito bem de suas silhuetas embora nenhuma lembrança de seu rosto voltasse á tona, era impossível ter certeza. No momento aquilo não importava, havia maior interesse apenas em recobrar sua leitura.
— Certamente, ela deve ser uma mulher magnifica. — disse Lukas.
Dawn estava com dois livros em suas mãos quando chegou e sentou-se ao lado de Lukas. Ela virou-se para o jovem e sorriu:
— Está falando daquela moça loira de novo?
— Sim, sim. Cogitei agora a possibilidade dela ser a campeã de Sinnoh, a Senhorita Cynthia. Já imaginou?
— Eu gostaria de conhecê-la também se fosse assim. Essa campeã compartilhou do mesmo sonho que eu. Ela sempre quis ser pesquisadora, mas a obrigaram a tornar-se outra coisa. E com isso, ela tornou-se os dois, e a melhor por sinal. Tenho que encontrar aquilo que amo também, um dia serei como essa mulher. — disse Dawn com um sorriso entre seus lábios enquanto observava a foto daquela mulher.
De repente, os dois foram interrompidos por uma gritaria vinda dos andares de baixo. Eles desceram com pressa e se depararam com Roark a encarar um homem de aparência robusta e feição cansada. Ele tinha uma barba mal feita em volta do rosto, traços fortes, os olhos caídos e profundos tão negros quando um buraco sem fundo. Seus cabelos estavam bagunçados e tinham a mesma coloração dos de Roark. O líder  do ginásio apenas ajeitou os óculos e o encarou.
— Diga, velho.
— Diga, filho.

Dawn correu até próximo dos líderes que em momento algum desviaram seus olhares. Luke examinava o acontecimento com as mãos no bolso e com certa curiosidade para saber como aquele encontro iria terminar.
— Oh, então ele é o seu pai, Roark? — perguntou Dawn.
— Esse aqui é o meu velho. E meu velho, se vira pra conhecer todo mundo. Estou de saída.
— Opa, opa. Espera um pouco aí, filhote. — disse o homem segurando o jovem pela gola, e fazendo-o dar meia volta. Apesar de muito velho ele tinha músculos bem definidos e uma postura de se invejar para sua idade aparente — Trouxe os amigos pra casa e vai deixá-los sem as devidas cortesias? Vamos lá, apresente todos devidamente.
— Minha função era guia-los até a cidade, agora você já está aqui pode fazer o resto. Afinal, você sempre consegue fazer tudo melhor do que eu, não é? — bufou Roark não escondendo certo rancor em suas palavras finais. Byron soltou uma longa risada debochada e voltou a encarar o filho.
— Qual é, filhote, vai começar a ficar depressivo só porque não consegue admitir que os Pokémons metálicos são mais poderosos do que os de rocha?
— Isso não é verdade! Nós temos uma defesa fantástica e criaturas que marcaram presença no passado desde as primeiras gerações! — respondeu Roark.
— Os metálicos fazem tudo que vocês fazem, e melhor! Temos uma defesa duas vezes mais alta, ainda combinada com a Sp. Defense de se invejar, e quer mais? Inúmeras resistências.
— Não temos fraqueza contra fogo. — assentiu Roark protegendo seus amados tipos rocha.
— Somos imunes à veneno. — respondia Byron em proteção dos metálicos.
— Temos um exército de Geodudes em todas as cavernas.
— Um metálico pode derrubar sua equipe inteira.
— Temos a Professora Roxanne para representar!
— Nós temos a Jasmine, eleita a mulher mais linda de Johto.
— Temos o Stone Edge.
— Temos o Metal Burst para devolver seu ataque no dobro. E admita um coisa, filho. Até mesmo o seu adorado Probopass tem um lado metálico. É a triste realidade, você nunca passa dessa.
Roark encarou o velho homem de forma estressada, levantou a mão pronto para dar uma nova resposta, mas abaixou a fronte e saiu esboçando uma feição de raiva e determinação em não assumir a derrota.
— Argh.... Seu, seu... Pai desnaturado! Acho que você conhece mais esses Pokémons metálicos do que eu! Então quer saber? Fique com eles por mais um tempão, vim aqui para ver como você estava, mas pelo visto continua a mesma coisa. Certas coisas nunca mudam.
— Ahh, moleque dos infernos. Teimoso que nem a mãe... — resmungou o homem — Desculpem a forma como ele os tratou, mas é o jeito dele. É como uma pedra grande, não sai do lugar se desejar ficar ali. Podem me chamar de Byron, sou o líder de ginásio da cidade de Canalave.
— Então você é o pai do Mestre dos Fósseis... — presumiu Luke.
— Chama o pequeno de Mestre? Se ele é o Mestre, e eu sou o pai dele, isso me torna quase um deus! Bah, hah, hah...
Dawn pensava na forma como pai e filho compartilhavam o mesmo jeito tão convencido de suas habilidades. Byron se colocou à disposição dos jovens, mas eles precisavam ver como seu amigo estava depois do tenso conflito. Ele nunca poderia ser um treinador mais poderoso e capacitado, sempre haveria alguém para diminuí-lo, e aparentemente Roark era uma figura que quase desaparecia atrás das inúmeras habilidades do pai. Aquilo o decepcionava profundamente.

• • •

Numa área mais afastada da cidade o líder do ginásio de rocha caminhava sem rumo. Não conhecia Canalave tão bem quanto desejava, e poderia facilmente se passar como um estrangeiro comum entre tantas pessoas nos arredores. Roark assentou-se sobre um muro e colocou as pernas de frente para o mar, apenas observando as ondas e vendo os navios zarparem do cais. Soltou um suspiro enquanto olhava o céu claro e brilhante, ainda que com alguns traços do frio que vinha se evidenciando nos últimos dias.
— Roark! — gritou a fina voz vinda de uma menininha.
O líder virou-se para trás e notou Nami, a mesma garota que eles haviam encontrado pela manhã.
— Ah, oi, menininha... Gostaria de ter uma batalha contra o líder mais fracassado da região?
— Sério que você vai batalhar comigo? Não vou ter que esperar para vê-lo em ação?! Finalmente, eu não poderia me segurar! — afirmou ela com imenso entusiasmo.
Roark riu, deu um salto do muro e sacou uma de suas pokébolas. Era um novo Cranidos que ele havia ressuscitado há poucos dias, mas nem na descoberta de fósseis ele era melhor do que seu pai. A garotinha prontificou-se e lançou seu Finneon, um Pokémon aquático. Roark já estava muito acostumado com eles, mas sempre bolava uma estratégia básica antes de enfrentar um novato. Precisava agir à maneira deles, e nunca dar tudo de si.
— Vamos lá, Finneon, utilize o Water Pulse!
— Cranidos, intercepte o movimento com o Take Down. — pediu.
O dinossaurinho avançou contra o impulso d’água com tanta força que pareceu atravessá-lo e partir com tudo para cima do oponente. Finneon ficou atordoado, mas ainda estava apenas começando sua batalha.
Não havia um grande publico, apenas outras crianças passavam por perto e se impressionavam ao ver um líder de ginásio batalhar daquela maneira no meio da rua como um treinador comum. Aos poucos foram se juntando várias crianças, não eram nem jovens como os Irmãos Wallers, mas crianças que sequer tinham completado idade para seguir na tão almejada viagem mundo à fora. Todas estavam muito impressionadas com a batalha.
— Vai lá, você consegue! — disse um menininho, torcendo para a pequena Nami.
Roark gostava daquela recepção, por mais que não fosse para ele. Crianças sempre o inspiravam por seus sonhos e ambição em batalhar e continuar seguindo seus sonhos. O Finneon ainda o atacava com diversos golpes aquáticos, mas nem por isso o Cranidos se dava por vencido.
— Cranidos, avance com o Assurance!
— Venha, Finneon, ataque ele com seu Water Pulse novamente!
O recém capturado Cranidos foi lançado para longe com o impacto repetitivo, e após receber uma rajada que pulsava contra seu corpo acabou caindo derrotado perto do muro de onde estavam. Roark retornou seu Pokémon enquanto viu Nami comemorar e as crianças que assistiam a disputa a parabenizarem. Roark andou até sua direção e agachou para olhá-la de frente.
— Você já é muito poderosa. — elogiou o líder, esfregando a palma da mão nos cabelos negros da garota. As bochechas da jovem estavam coradas quando agradeceu o elogio.
— Obrigada... — respondeu acanhada — Quando eu for te enfrentar de verdade vou dar de tudo pra ganhar minha insígnia!
— Não será preciso, quero que fique com ela. Você me desafiou e venceu, e por isso merece ter a Coal Badge como prestígio!
Os olhos da garota brilharam ao ver a insígnia, a primeira de sua viagem. Roark ria enquanto as outras crianças a rodeavam como se fosse o maior tesouro que haviam visto. Em Canalave ela era mais rara do que a Mine Badge, e imaginava-se como seria nas cidades ainda mais distantes. Um dos meninos apontou para Roark e gritou:
— Você é demais! Quero ser igualzinho a você quando crescer!
Aquelas palavras lembravam o líder da mesma forma como ele falava para com seu pai: Quero ser igualzinho a você quando crescer. Porém, a resposta sempre vinha vaga e sem sentimentos. Você vai ter que treinar muito se quiser ser um líder de ginásio. Muito. Bah, hah, hah!
Roark detestaria ser rancoroso como seu pai, e por mais que nunca tivesse visto nenhuma daquelas crianças sabia que seu dever como líder era agir como simpatia e, principalmente, ser um exemplo de perseverança e honestidade. Muitos líderes ficam famosos e perdem seu brilho ao lidar com o público, mas as derrotas de Roark o ensinaram a jamais agir daquela maneira. Agachou na frente daquele garoto e colocou seu capacete sobre ele.
— Tenho certeza de que irá, saiba que eu darei todo o apoio.
As crianças sorriam parecendo tramar algo para com o líder, eles se jogaram em cima dele fazendo um montinho e esmagando-o aos montes como uma avalanche de pedras. Luke, Lukas e Dawn haviam acabado de chegar, observavam a cena e chegaram a ver uma pequena parte da batalha. Luke correu em direção do líder e retirou-o de baixo do exército de crianças.
— Okay, okay. O massacre acabou, agora vamos deixá-lo vivo para que outros também possam desafiar o cara no futuro. — riu Luke.
Os pequenos riram e o agradeceram pela grande batalha que haviam visto. Nami deu-lhe um beijo na bochecha e saiu para comemorar sua primeira insígnia conquistada. Dawn aproximou-se e comentou:
— Roark, o que você fez foi lindo.
— O que? Está falando daquela batalha que o meu Cranidos foi trucidado? Ah, eu já consegui fazer piores... Uma vez eu enfrentei um garoto que tinha um Gyarados, usei um Cranidos também. Acho que em todas as batalhas uso um Cranidos novo. (Garoto com Gyarados = Stanley)
— Não é a derrota que importa, e sim a mensagem e o incentivo que você deu para essas crianças. — disse Lukas — O que elas teriam para contar se fossem humilhadas em seu primeiro desafio? Acho que você é um dos responsáveis por incentivar cada vez mais as novas gerações, e por isso o respeito tanto.
— Só não deixe que eles saibam que você se deixa ser derrotado. Você acabou com minha infância quando disse aquilo! — brincou Luke, de repente sendo intrometido por uma voz vinda do outro lado do porto.
— Ele usou o Probopass dele?
Os jovens viraram e se depararam com Byron que estava sentado praticamente da mesma forma que seu filho se sentava. Roark imediatamente fechou a cara a vê-lo.
— Ele usou? Se usou o Probopass, então não batalhou na brincadeira.
Byron não chegara a tempo de acompanhar a batalha, mas provavelmente vira que seu filho entregou a insígnia para uma criança. O líder caminhou até onde eles estavam e perguntou:
— Então, ele usou ou não?
— Hm, acho que usou.  — disse Luke, relembrando-se da batalha.
— Quando meu filho usa o Pokémon favorito dele ele nunca joga na brincadeira. Então quer dizer que em sua primeira batalha você conseguiu derrotá-lo sendo que ele utilizava seu Pokémon mais forte? Que fracassado! Bah, hah, hah, hah, hah, hah...
Roark abaixou a cabeça novamente e apertou seu punho com tamanha força como se almejasse que fosse seu pai que estivesse ali, sentiu tamanho ódio que preferiu nem ficar para saber no que resultaria, saiu correndo o mais depressa possível sem olhar para trás. Dawn esboçou uma feição de fúria que calou o velho, mas dessa vez ela não se conteve.
— Como pôde ser tão grosso com seu filho?
— E-Eu não fui grosso, eu só fiz uma brincadeira. — disse Byron um pouco surpreso.
— Então aprenda a hora de brincar!! Você é a pessoa mais importante para ele, ou pelo menos já foi. Todo pai é uma peça fundamental na infância, mas sorte do Roark não ter se tornado um homem como você!
— Wow, calminha! Seus pais não lhe deram educação, garota? — rugiu ele.
Dawn saiu de lá correndo atrás de Roark, sendo seguida por Luke. Byron ficou sem entender muito bem a situação, mas pelo menos a educação de Lukas não lhe permitia sair sem as devidas despedidas. Byron soltou um longo suspiro enquanto coçava a cabeça em sinal de desentendimento.
— Ah... Essa nova geração sempre tão enérgica... Qual o problema dela?
— Os pais da Dawn morreram há seis anos, Senhor Byron. Creio que ela entenda como ninguém o peso de não ter um pai por perto, e ver o senhor negligenciar o Roark dessa maneira a deixa frustrada profundamente. Peço-lhe licença agora.
Lukas continuou seu caminho atrás dos amigos enquanto Byron ficava para trás, perdido em alguns pensamentos. Aquela situação havia mostrado para ele como estava agindo para com seu filho, e por mais que em seu íntimo ele soubesse que estava errado não podia aceitá-lo daquela forma. Não um perdedor como ele.
— Bah... Ninguém mandou ele gostar de Pokémons pedra. — comentou Byron.
Mas você está deixando de falar com seu filho por questão de gosto? — perguntou outro lado de seu pensamento.
 Mas ele é tão cabeça dura...
Exatamente como você.
 Não entende nada que eu digo e leva tudo na brincadeira!
Exatamente como você. — continuaram os pensamentos.
 E eu não consigo aceitá-lo sendo um líder tão fraco e reprimido!
Ele é o seu filho.
Byron virou-se, já não podendo mais notar a presença de nenhum daqueles jovens encontrados naquela tarde. A rua estava completamente vazia, aos poucos ia entardecendo e o céu ficava com uma beleza deslumbrante no porto de Canalave, mas nem mesmo aquele espetáculo seria capaz de suprir o vazio que cobriu o coração do líder naquele instante. Por um momento chegou a sentir o arrependimento, mas colocou as mãos no bolso e voltou para mais um dia de descanso após o trabalho. Byron nunca havia ligado muito para os encontros de família, e não seria agora que ele resolveria todos os seus problemas.

      

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  1. Yo Canas õ/

    Canalave, isso me fa pensar que falata pouco para terminar essa estoria epica.Eu achei que foi muito rapido essa transição, mas acho que tambem nem teria muito o que falar da rota 218.
    Como diz o proverbio "filho de peixe, peixinho é".Nossa Roak e Byron são muito...muito...muito metidos, ficam ai discutindo por bobagem.Adoraria uma battle entre eles, para ver quem era realmente o mais poderoso.
    E Canas vc realmente tirou seu tempo para humilhar o Roak, nossa por ele pra ficar com o titulo de pior lider de gym, e ainda perde para um iniciante so com um golpe.O caso do Luke foi diferente, a Titania e o Aerus eram de nivel um pouco elevado.
    E Dawn amei sua aula de moral pra esse Byron sem noção

    É isso ai adorei!!!

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  2. Ok Falei uma bobagem ali em cima neh...
    Dividindo o capítulo:
    A Chegada, sim a Dawn, sofreu muito naquela cidade, a morte dos pais etc...Os azulejos, Acho que combino com Byron nesses quesitos, AMO detalhes, são simplesmente perfos!
    A biblioteca, Eu amo ler também, apesar de ter parado um pouco ultimamente tenho voltado...Realmente a biblioteca de Canalave é perfa! Claro, amo Sinnoh e também as lendas da região...Principalmente Manaphy! Então, lembra-se dakeles especias, ngm mais te enviou... Poderia escrever um?
    A relação pai-filho, a minha relação com meu pai é ótima, parece até meu amigo pra falar a verdade... OK nem sempre é assim... masmas ;-; Tá bom...Eles mereciam uma trégua, nem que fosse rápida!
    O trauma, sim, ser primeiro líder deve ser tipo... A leva logo essa insígnia e vai pro próximo...;-; q ruim, mas no final eles um papel tipo psicopedagogo! A mãe do meu amigo é isso heita coisa estranha XD Mas eles ajudam bastante os alunos, no caso os iniciantes de treinadores...
    E a Nami, ela volta???
    XD perdi muita coisa neh...Então gastrodon sefoi! E voltou...Roserade minha bela evoluiu! E Bastidon também! Sempre gostei de bastidon...Quando sai ele e Lukas tinham uma relação tipo: Eu quero ser SEU!

    By Dezinovés

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  3. Eu achei que Roark ia fechar a mão na cara do Biro!!! Não foi dessa vez:) (ainda bem pq se não o Biro ia "fechar a enchada" na cara do Roark)!!!

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  4. Hei Canas,
    Dessa vez vim postar por causa do desânimo que você citou nas notas, eu estou meio apertado(muito na realidade), mas se é para apoiar é só chamar!
    E esse capítulo heim? A Dawn está trazendo tudo a tona agora, isso vai vazar daqui a pouco...voc\~e está dando bastante falas para o Lukas, o pessoal deve estar gostando. E devo admitir que adoro quando o Luke fica todo cauteloso e observando seu inimigo, o Byron não perde por esperar.
    Falando nisso, estou louco para ver Luke acabar com ele, só que de forma consistente dessa vez.
    Agora estou reparando numa coisa, no início do capítulo você fez uma referência ao pai dos irmãos Wallers, justo agora, perto de um ginásio, além de você estar preparando um especial dele, será que o veremos num futuro próximo?
    Também temos essa relação entre pai e filho que vai dar o que falar, não gostei nem um pouco desse Byron e, portanto, tenho que te parabenizar por conseguir passar esta impressão para o leitor.
    Álias, particularmente, eu gosto muito do Roark, ele é meu segundo líder preferido da região, só perde pro Volkner. Curto muito o tipo terra, acho que até mais que os metálicos muito por causa dos fósseis, principalmente Armaldo e Cradily, estes são realmente desequlibrantes.
    KKKK, e que frase célebre foi aquela nas notas, haha você é de um nível surpreendente Canas, te admiro muito.
    Essa foi minha avaliação, até a próxima.
    Obs: Psiu, vc acredita que eu li com a mesma voz,kkkk essa frase é lendária.

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  5. Esse capitulo foi bem legal, mostrou uma relação problemática entre pai e filho...
    E o Lukas, finalmente está começando a descobrir quem foi a boa samaritana que lhe entrou o ovo do Togetic...
    E o passado da Dawn finalmente está vindo a tona, acho que ela está prestes a revelar tudo para os irmão.
    E este Byron hein, detestei ele logo de cara, esse cara, espero que o Luke possa dar uma surro nele.
    Bem fico por aqui.

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  6. Eu gostei muito co capítulo. Foi uma ótima introdução para o Arco de Canalave. Deu para saber um pouco mais sobre o porque de Roark não gostar do pai e como é a profissão do 1º líder de ginásio de Sinnoh - coitado! - (e o Lukas ficou mais perto de saber que foi a Cynthia que deu a ele o ovo do Togepi).

    Mas o Byron é um ai desnaturado mesmo. Rejeitar o filho...

    P.s.: Gostei do FT21. Ultimamente não tô podendo comentar porque o tempo não deixa.(Tenho trabalhos de Ciências, História, Curso de Matemática amanhã, Viagens inesperadas...).

    P.p.s.: Em resposta a uma pergunta ao FormSinnoh vc disse que os pokémons tem idades diferentes. Mas agora essa pergunta já é velha e aposto que vários pokémons já mudaram de idade. Seria legal se vc atualizasse a página dos FT com a idade de cada personagem. Ia ser legal e essa informação ia ser muito boa para nós, leitores, compreendermos de uma forma melhor os Fire Tales. O que vc acha???

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  7. Que grande capítulo, Canas! Começando com a chegada em Canalave... Oush, que biblioteca gigante, eu adoraria dar uma olhada, mas já me perco em uma como a da escola, imagina em uma dessas? @_@ Muito legal essa interligação entre o Roark e o Byron, acho que um fato mais legal de Sinnoh é essa dos líderes serem pai e filho, e você aproveitou isso muito bem =D Até porque para chegar em Canalave andando temos que passar por Oreburg e... Ahh já deu pra entender, né? O Byron é um tipo de pai que eu não gostaria de ter '-' Já pensou? Nossa, que tenso kkkk O bom é que o Roark tem bom senso, e batalhou contra a Nami. É impressão minha ou essa garotinha ainda tem algo a mais nessa estória? Ihh e falando nisso (o que tem a ver?) bem legal mostrar a Cynthia nas "Notas da Autora" kkkkk É uma Campeã e pesquisadora, além de uma maravilha ambulante *-* Tá, parei.

    Vejamos... Vejamos... Ahh tenho grandes espectativas para a batalha do Luke, imagino que o velho ainda tenha algumas cartas na manga, e nosso amigo pode voltar a ter seus acessos de superioridade. E imagino que você trará coisas ainda melhores, afinal, nunca vi uma fic chegar em Canalave, e você pode muito bem explorar essa briga entre pai e filho. Estou no aguardo, cara, grandes capítulos, man! Flws cara õ//

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  8. Aí pessoal, valeu pela força! Realmente acho que todo mundo têm estado ocupado com essas diversas tarefas matinais, mas admito que quando vejo o pessoal dar uma sumida eu penso: OMG!! Eles nunca mais vão voltar e me abandonaram!! kkkkkk Okay, mas se tenho a confirmação de que vocês continuam por essas bandas de vez em quando já me sinto muito mais calmo, e é muito bom ver algumas carinhas antigas por aqui, valeu pela força pessoal! Agora permitam-me responder alguns pontos engraçados dos comments. God, vocês não têm ideia de como sinto falta daquela esquema em que era possível dar uma resposta específica para cada um...

    Anderson, essa pergunta da idade dos Fire Tales já foi atualizada! Acho que o Rodrigo Reshiram tinha pedido há algum tempo, se você der um pulo lá na página Formsinnoh Pokémons irá vê-la em vermelho bem etacada. Outras duas respostas que foram atualizadas foram as dos níveis da equipe até o presente Arco, antes de enfrentarem o Roark. Dê uma olhadinha mais tarde!

    LOksTitansChara, é bom ter você por aqui companheiro! Dentro de alguns capítulos trarei um capítulo que você não pode perder, e quando chegar quero ver todo mundo das antigas comentando, afinal, acho que não vai ter como deixá-lo passar batido kkkk Well man, adorei a ligação que você fez com o Walter! Eu não colocaria esse trecho por besteira, e caminhando junto com esse assunto pai e filho dos líderes, os falecidos pais da Dawn, garanto que cedo ou tarde vocês também ouvirão falar do Waltão por aí. Estou com o especial dele pronto, só faltam os ajustes finais e aguardar a hora certa(:

    Poxa Gabriel, e eu curto muito o Roark! Eu fiz essa brincadeira porque tenho que admitir que é uma situação engraçada vê-lo perdendo para crianças. Ele não é um fracote, mas eu precisava de algo que explicasse porque ele tinha tanta inimizade com o pai dele, e somente colocar aquela típica briguinha por tipos não seria tanta coisa, então tive que apelar para o lado emocional, mas não se engane! O Roark é um dos meus líderes preferidos também, tanto que optei por ele seguir viagem com os jovens ;) E daqui para frente esse nosso líder companheiro apenas trará mais risadas e contradições, aposto que Canalave só está esquentando. Muito obrigado pelos comentários pessoal, vou continuar desenhando e programando muitas coisas para as próximas semanas, vocês não perdem por esperar! Valeeeeeus!!

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  9. Finalmente consegui ficar em dia com as postagens, como havia dito antes, já estou morrendo de vontade de ver o próximo capitulo! Mas vamos ao que realmente interessa
    A ligação de pai e filho entre o Roark e o Byron foi muito bem feita, e o titulo do capitulo foi fenomenal! “O pior trabalho do mundo”
    Imagino que ficar lutando contra criancinhas e deixá-las ganhar, alem de ser subjugado o líder mais fracassado deve ser frustrante! Pelo visto este titulo foi uma sacada de mestre!
    Canas sabe de uma coisa, já estou sentindo falta daquele Luke mal encarado e louco, acho que aquele tempo foi algo como “a era de glória” dele! Mas fico ansioso em saber quais serão os seus futuros planos para ele.
    As letrinhas pequeninas no canto da tela falando do Stanley me fez ficar rindo por um tempo, e boa parte das discussões também! E cara, o Byron chamar o Roark de filhote foi muito engraçado.
    Achei que a personalidade do Byron foi muito bem trabalhada, e a rivalidade dele com o filho e principalmente aquela discussão que eles tiveram para saber qual tipo Pokémon era melhor, foi surpreendente.
    Devo dizer que a leituras desses últimos capítulos foram muito proveitosas, eu não os li com a mesma intensidade que o arco passado, mas confesso que Canalave será inesquecível!
    Cara fiquei pensando com os meus botões, acredito que um trabalho que deva ser complicado de se dar é animador de festa... vai que você tenha que usar uma fantasia do Barney kkkkkkk

    Flw Canas

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  10. Yo manolito!

    Nossa, foi um capítulo bem "Casos de Família" mesmo, hã? Cara, esse Byron é bem diferente do que eu pensei que seria. Eu imaginava um cara bem arrogante, cabeça dura e tudo mais que pudesse causar um desgosto profundo no leitor. Certamente eu gostaria de ver o Luke possuído lutando contra um líder que tivesse esse tipo de personalidade, mas acho que você guardou esse momento para a batalha contra o Volkner, estou certo? Se for, então vai ser insanidade pura!

    Mesmo assim eu até gostei da personalidade que você deu ao Líder. Um cara sacana e descontraído que seja o típico coroa legal, sacas? E mesmo assim você ainda acrescentou a imaturidade de não saber parar com as brincadeiras. É notável o quanto ele e Roark são distantes, e imagino que o fato da mãe da família tê-los deixado foi o ponto crucial. Como se ela fosse o ponto de equilíbrio na relação entre os dois.

    Outra coisa que eu gostei bastante foi a ênfase que você deu ao Roark como Líder do primeiro Ginásio. "O pior cargo do mundo". Certamente isso me surpreendeu, já que você gosta tanto do Roark. Vejo que os autores seguem muito essa perspectiva de tentar fazer um primeiro Líder poderoso. Eu mesmo fiz isso com a Roxanne em Hoenn, mas você conseguiu pegar o outro lado da moeda e transformar em uma história sensacional. Por mais que a gente tente fazer um primeiro Líder forte, os outros sempre se tornam melhores, pelo nível dos Pokémons em batalha.

    Bem, acho que foi esse último ponto que me fez gostar tanto do capítulo. Não que o resto tenha ficado ruim, mas essa parte particularmente me chamou a atenção. Vamos ver como esse relacionamento entre pai e filho vai se desenrolar. Até mais!

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  11. Só para começar: estou detestando o maldito do Byron. Meu querido, senti vontade de voltar a jogar Pokémon Platinum só pra chegar em Canavale e chutar a bunda dele! E o meu nome dessa vez seria Roark.

    O modo como você mostrou o que o Roark sente e como ele é tratado por ser o primeiro gym de Sinnoh foi incrível. Tipo, eu sempre achei os primeiros líderes dos games os mais legais, sei lá. Eram eles quem davam o ponta pé inicial para que chegássemos aos outros ginásios. E essa Nami, muito fofa ela.

    Byron você ainda é um desgraçado. Ficar agindo desse jeito com seu filho. Como pode? O Roark devia te dar uma bela surra, é isso que tu merece! E no final das contas, a mensagem que nos foi passada foi legal. E Roark, eu acho tu foda. Mais foda que o Byron. FALO MESMO!

    Até mais Canas
    See ya \õ\

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  12. "como se algo ruim fosse se evidenciar naquela cidade em algum momento da aventura." Canas maléfico, fica colocando trechos que deixam-nos apreensivos kkkk.

    Cara, que saudades de ler um capítulo seu! A forma como você escreve, narra, dá continuidade, descreve as falas... Tudo me fascina! É a vida que você dá ao próprio texto que faz ele se tornar mais belo. Sinceramente falando, deixa um gostinho especial para quem lê.

    Quanto ao capítulo, adorei ele (preciso dizer isso sempre? kkkk) Apesar de que os primeiros líderes sempre sofrem bullyng dos mais treinados, eles possuem uma missão especial, né? O pobre Roark pode ser mais fraco, mas algo importante que vc transmitiu é essa questão do que a pessoa consegue transmitir. Em questão de honra eu garanto que ele é muito melhor que outros, inclusive os mais treinados.

    Agora, se eu viesse aqui e falasse das fraquezas e resistências do tipo Rock, criticando ele, eu estaria sendo contraditório kkkk. Grass tem 5 desvantagens tbm e.e (e nem por isso deixam de ser fodas).

    kkkkkk eu ri da cena final do Lukas com o Roark e dele depois, discutindo consigo mesmo. Acorda Roark, tá na hora de se redimir para com seu filhote!

    Por fim, parabéns Canas, esse capítulo foi muito bom *-*

    P.S.: Ansioso pelas próximas cenas.

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  13. Aqui estou eu próximo de terminar a parte 1 da saga diamante e já fico imaginando a saudade que terei da história, dos personagens quando eu tiver terminado e o tempo passar hahahh

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    1. Prepara o coração que tá vindo bomba! É, daqui a pouco pode dizer oficialmente que chegou na metade da história, mas a tensão só aumenta kkkkkkk A Saga Diamante como um todo é uma das partes da fic que mais me orgulho, perdendo apenas pra Liga. Os personagens amadurecem muito e pode ter certeza que sairão completamente diferentes desse arco. Não sei se você acompanhou também os especiais, mas os Pokémon aqui ganham um destaque enorme. É uma leitura diferente, mas na época causou uma tremenda impressão que chegou a definir o rumo da fic até o final. Espero que goste das surpresas!

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